terça-feira, 9 de agosto de 2011

Apresentação

Antes mesmo de aprender a falar, o homem já havia descoberto o poder da imagem para retratar o mundo que o cercava. As pinturas dos animais, das caçadas e dos atos do cotidiano pintados nas cavernas foram as primeiras maneiras de nossos ancestrais passarem aos seus semelhantes e às futuras gerações o que acontecia ao seu redor. Desde então, apenas os recursos tornaram-se mais avançados, tendo como ponto culminante a invenção da fotografia, na segunda metade do século XIX.

O “novo” meio representou uma revolução talvez maior que a invenção da escrita e da fala. Se esses últimos recursos tornaram o homem um ser único entre os outros da Terra, a fotografia nos fez sobre-humanos, pois deu-nos o dom da eternidade. 

Uma foto consegue “captar” a essência de um momento, fazer com que pessoas, coisas, lugares que não existem mais, perpetuem seu legado, eternizem a nossa lembrança de que um dia eles estiveram por aqui. Daí advém seu valor como documento histórico.

Por meio da imagem, pode-se externar sentimentos que nenhuma palavra consegue exprimir com precisão. Ela não aprisiona a alma das pessoas, como acreditavam os indígenas, mas ela tem, sim, a capacidade de captar a essência do que foi fotografado.

Exatamente por acreditarmos nessa força, decidimos produzir esse ensaio fotográfico. Não pretendemos mostrar verdades absolutas sobre os locais aqui retratados, mas a nossa visão do que eles representam, que pode ou não coincidir com a de quem observar as fotos aqui expostas.  

Nosso objetivo é fazer com que os bustos, as estátuas, as praças, enfim, Santos e São Vicente fiquem eternizados na memória do leitor. Que qualquer um que tiver acesso a essas imagens consiga entender e descobrir qual é a essência de ser santista ou vicentino e de como é importante preservar seu Patrimônio Cultural, esse que foi esculpido pelas mãos de seu semelhante. 

Se pelo menos conseguirmos chamar a atenção das pessoas que tenham nascido nessas duas cidades para que, ao folhear essas páginas, reavivam lembranças e redescubram esses grandes símbolos da cidade, teremos alcançado tal idéia. E, mais uma vez, a imagem terá mostrado seu poder.

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