segunda-feira, 14 de maio de 2012

G1 destaca vandalismo em monumento de São Paulo

Matéria publicada nesta segunda (14/5) no portal G1 mostra um vandalismo "clássico" nos monumentos públicos. Unhas de personagens do monumento às Bandeiras, em São Paulo, foram pintados.
A agressão ao patrimônio lembra imagem registrada por nosso TCC em Santos, no monumento a Brás Cubas.

Leia matéria do G1 abaixo:


'Monumento às Bandeiras', de Brecheret, é alvo de vândalos em SP


Unhas de estátua que representa um bandeirante foram pintadas de azul.
Obra que fica ao lado do Ibirapuera é conhecida como 'Empurra-empurra'.


Um dos personagens retratados no Monumento às Bandeiras, do escultor Victor Brecheret, teve as unhas pintadas de azul em um ato de vandalismo, nesta segunda-feira (14) (Foto: Nilton Fukuda/Agência Estado/AE) 



O Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret, está localizado em avenida próximo ao Parque do Ibirapuera na Zona Sul de São Paulo. Ele é conhecido popularmente como "Empurra-empurra" ou "Deixa que eu empurro". (Foto: Nilton Fukuda/Agência Estado/AE)


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As fotos são da Agência Estado. O Jornal da Tarde também realizou matéria sobre o fato, com mais informações e opiniões sobre o ato de vandalismo:


Obra de Brecheret tem unha pintada


FELIPE TAU


Um dos maiores símbolos da cidade, o Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque do Ibirapuera, na zona sul, foi mais uma vez alvo de vandalismo. Um dos bandeirantes da escultura, montado no cavalo à frente, teve as unhas do pé esquerdo pintadas de azul, num ato que permanecia anônimo e sem motivo aparente até ontem. A pintura estaria no local desde sábado, disseram pedestres.
A obra, conhecida também como “empurra-empurra”, retrata as bandeiras sertanistas do século 17, nas quais brancos e índios partiam da capital paulista para desbravar o interior do Brasil. De autoria de Victor Brecheret (1894-1955), a peça foi inaugurada em 25 de janeiro de 1953, com o Parque do Ibirapuera.
Apesar dos risos que o “esmalte” azul causou em quem passava pela Praça Armando de Salles Oliveira, onde está a escultura, a maioria reprovou o ato. “Não sei por que tanto esforço para danificar uma obra”, disse a estudante de arquitetura Natielle Mamteufel, de 19 anos.
Os delicados detalhes azuis contrastavam com a robustez do monumento. Feito de granito maciço, ele tem 11 metros de altura, 8,4 metros de largura e quase 44 metros de comprimento. A veterinária Daniele Ares, de 30 anos, também repudiou a pintura. “Se for intervenção, está errada: não pode mudar as características originais do objeto ”, disse ela, que defendeu mais seguranças no local.
Nos finais de semana, quando o movimento no Parque do Ibirapuera é maior, é comum ver turistas subindo na estátua para tirar fotos. O vendedor ambulante Fernando Costa Rosa, de 21 anos, disse, porém, que alguns passam do ponto. “Deixam lixo espalhado lá em cima. Já vi até fazerem cocô. Também picham duas vezes por mês”, relatou ele, que há cinco anos trabalha na praça.
O delegado Márcio Nilsson, titular do 36ºDP (Vila Mariana), disse que nenhuma ocorrência foi registrada até as 18h de ontem. Pichar monumento tombado, como é o caso da estátua, é crime ambiental, com pena de seis meses a um ano de prisão, além de multa.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou em nota que a Guarda Civil Metropolitana realiza rondas “sistematicamente” no monumento”. A Secretaria Municipal de Cultura, mantenedora da obra, afirmou em comunicado que ela passa por limpeza trimestral, para não sofrer desgastes.
Quando ocorre vandalismo, informou a pasta, equipes de limpeza vão ao local e o Departamento do Patrimônio Histórico faz vistorias. A secretaria afirmou que cuida de 400 obras na cidade e que “não há plano para cercar o monumento”. A professora Cláudia Fazollari, da Academia Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), concorda. “Ele faz parte da vida e do imaginário de todos nós.”

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